domingo, 11 de abril de 2010

A beleza da espontaneidade

Engraçado que todas as pessoas vivem falando que essas cidades cinzentas como São Paulo não tem beleza, não tem graça, mas as pessoas não conseguem enxergar a beleza nas coisas simples do cotidiano, pois nem tudo precisa ser colorido para ser bonito. Estava reparando uma escavadeira trabalhando, ao escavar ela precisava fazer um circulo perfeito para manobrar. A escavadeira fazia um circulo que nenhum Picasso ou afins conseguiria fazer, pois era um movimento perfeito, um circulo feito na base dos pneus calibrados e do cimento cravado entre as ranhuras dos pneus. Pois essa é a verdadeira beleza, a beleza espontânea, a beleza que ninguém vê. Assim como o choro de uma criança com medo de algo é tão bonito quanto às obras de Salvador Dali, pois esse é o segredo da verdadeira arte, a espontaneidade

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A praça que não era praça

Engraçado o que eu sinto ao ver a Praça Roosevelt, eu não consigo enxergar aquele “sei lá o que” de cimento e um pouco de verde como uma praça. Não sei se é por causa da arquitetura ou se é por que eu nunca vi alguém usando aquilo como uma praça propriamente dita. A Roosevelt esta muito mais para um ponto de encontro de quem gosta de teatro do que uma praça convencional, ela é tão diferente de uma praça “normal” que raramente você vê alguém jogando bola, andando de bicicleta ou fazendo todas aquelas coisas que as pessoas fazem em um parque.Geralmente o que eu vejo lá são pessoas bêbadas( falando coisas que bêbados falam) e pessoas “cults”(fazendo o que os cults fazem). Mas essa “metamorfose” de praça em ponto Cult faz muito sentido devido ao local em que a praça se encontra, na esquina com a Augusta, que é um lugar que eu não enxergo mais como uma simples rua. Por isso que a Roosevelt se encaixa tão perfeitamente como um lugar cultural em São Paulo, ela é uma praça que não parece nem faz função de praça, para os “pensadores” que freqüentam o lugar (e pra mim) isso é simplesmente genial, e é isso que ajuda a diferenciar a Roosevelt de outros lugares para se ver teatro, pois você nunca espera cultura vindo de uma praça com um monte de concreto...

sábado, 3 de abril de 2010

A companhia da solidão

De vez em quando me da uma vontade de sair sozinho, isso geralmente ocorre quando todos os meus amigos têm compromissos e não tem mais ninguém para eu sair, então eu resolvo dar uma saída para lugares “intelectualizados” que eles geralmente não gostam de ir. Mas o que mais desperta perguntas em mim mesmo, é que quando eu saio sozinho eu deveria me sentir solitário, mas não é isso que acontece, eu me sinto mais acompanhado do que nunca. Quando costumo ir em lugares para ler gibi, ver teatro, ou apenas beber uma cerveja e outra enquanto acompanho os movimentos da Praça Roosevelt e Rua Augusta, vendo as figuras complexas mais simples e as figuras mais simples que são tão complexadas.Isso promove um encontro do eu com o eu mesmo, fazendo eu me sentir feliz, tendo uma certa liberdade de apreciar o meu teatro, os eternos gibis do lanterna verde, e o gosto da Brahma que nunca me faz triste.Eu acho que todos deveriam fazer isso, de vez em quando sair sozinho, para se redescobrir mesmo, perceber que as vezes conversar com você mesmo, podem ser com os gestos mais simples ou mais complexos, ai cabe ao critério de qualquer um que lê essas linhas tão aparentemente complexas mas que são tão simples.Mas o contexto dessas minhas palavras parece complexo, mas é simples: Quando eu saio sozinho, eu vou atrás de uma solidão que acaba fazendo eu ter uma companhia em mim mesmo, é simplesmente fascinante ...